Um relatório do conselho de segurança holandês concluiu que o voo 17 da Malaysia Airlines foi derrubado por um míssil de fabricação russa quando sobrevoava o leste da Ucrânia. O ataque matou 298 pessoas em julho do ano passado.
O quebra-cabeças para desvendar o mistério foi montado na Holanda, com pedaços da fuselagem do avião da Malaysia Airlines. Faltaram peças, mas a parte principal estava lá: a cabine de comando. E o detalhe revelador: pequenos furos na fuselagem, feitos de fora para dentro.
A equipe internacional de peritos reconstituiu em computador cada instante do voo. O avião partiu de Amsterdã, na Holanda. Seguia a rota normal para Kuala Lumpur, na Malásia. Ao passar pelo leste da Ucrânia, uma área disputada por forças do governo e rebeldes separatistas de origem russa, foi atingido por um míssil.
Os peritos sabem disso porque realizaram simulações e eliminaram todas as outras possibilidades, como uma explosão dentro do avião.
A única explicação possível: um míssil explodiu do lado esquerdo da cabine, causando as perfurações, que provocaram a morte imediata dos três tripulantes que estavam ali. As demais vítimas provavelmente ficaram vivas e - não se pode descartar - conscientes nos 90 segundos que o avião demorou até se despedaçar no solo.
Fragmentos de metal recolhidos entre os destroços e nos corpos dos tripulantes apontam para a versão mais moderna de um míssil chamado BUK, fabricado e usado pela Rússia.
Os russos não gostaram da conclusão e fizeram a própria perícia: usaram a cabine de um avião antigo e explodiram um míssil BUK bem no lugar apontado pela comissão internacional. Para os russos, as marcas provam que era uma versão antiga do míssil, que não é mais usada pela Rússia, mas pela Ucrânia.
Os responsáveis devem ser apontados por uma investigação criminal que deve terminar em 2016. A maioria das vítimas era holandesa e havia 10 britânicos. Ao saber da conclusão dos peritos, o primeiro-ministro David Cameron disse que a justiça precisa ser feita e que o relatório desta terça-feira (13) é mais um passo para que se chegue à verdade.
G1/Jornal Nacional
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