A Avianca não vai avançar com uma proposta para ficar com a TAP, noticiou hoje o site colombiano Reportur.co. Fabio Villegas Ramírez, diretor da companhia aérea, garante que nem a companhia, nem nenhuma das suas subsidiárias, estão interessadas na compra da TAP.
O discurso não é novo e já em março a companhia dizia o mesmo: "Nós tínhamos interesse lá atrás, mas hoje a empresa é outra e não temos interesse", afirmou na altura José Efromovich, irmão de Germán e presidente da Avianca. Também no anterior processo, três meses antes de entregar aquela que acabou por ser a única proposta para comprar a TAP, a Avianca anunciou estar fora da corrida à privatização da TAP.
Ao mesmo tempo, porém, Germán Efromovich, dono do grupo Synergy (que detém a Avianca), manteve-se interessado e a trabalhar numa eventual proposta.
Fonte próxima do empresário nega que a decisão de não avançar esteja tomada. Em declarações ao Expresso, admite, porém, que o "entusiasmo está a diminuir", porque há uma dívida "significativa" que deverá vencer no verão, já depois da decisão do Governo (adjudicação) mas ainda antes de o comprador tomar posse. "Isso e as questões sociais (ameaça de greve por parte dos pilotos) estão a causar grande desconforto, havendo neste momento mais dúvidas do que certezas", afirma.
A decisão final de Efromovich, se avança ou não avança com proposta, deverá ser tomada muito em cima do dia 15 de maio (data limite para a entrega de propostas).
A negação da Avianca, de resto, é semelhante à da Azul, também cotada em Bolsa e que tem estado em mãos com um processo de oferta pública inicial (IPO). A companhia aérea brasileira tem consecutivamente negado o interesse em participar na privatização da TAP e, também neste caso, é o próprio acionista (David Neeleman) que está a olhar para o processo.
Globalia desiste
Para já, apenas os espanhóis da Globalia, donos da companhia Air Europa, desistiram oficialmente de entrar na corrida pela compra da TAP. Em declarações à imprensa espanhola, Juan José Hidalgo, presidente do grupo, justificou a decisão com o elevado endividamento da transportadora aérea portuguesa.
A Air Europa chegou a mostrar vontade em entrar na corrida, mas conforme o Expresso noticiou em março, não assinou o acordo de confidencialidade para obter mais informações sobre o processo de privatização.
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