O processo de privatização da companhia aérea portuguesa TAP parece não estar na rota das principais empresas brasileiras no momento. No caso da Avianca, que chegou a fazer uma oferta na tentativa anterior do governo de realizar a venda, o apetite, agora, já não é o mesmo.
O presidente da Avianca Brasil, José Efromovich, disse nesta terça-feira, 24, que o grupo Synergy, que controla a Avianca Brasil e a Avianca Internacional, "está atento a qualquer oportunidade", mas admitiu que "a vontade e dedicação que colocamos na primeira etapa não é mesma de agora", disse. Segundo ele, outros projetos do grupo aparecem neste momento como mais importantes, especialmente o fim do processo de modernização da frota, retirando a totalidade dos Fokker de suas operações, e a integração à aliança global Star Alliance.
Já no caso da Azul, o presidente Antonoaldo Neves, disse que considera "muito difícil" uma fusão com a TAP. Ele indicou que a companhia está atenta à operação por causa das unidades de manutenção da aérea portuguesa no Brasil, em Porto Alegre e no Rio de Janeiro, já que as aeronaves da Azul passam por manutenção nesses locais. "Mas acompanhamos esse processo desde a tentativa anterior de privatização", comentou. Questionado depois por jornalistas sobre a possibilidade de uma holding acima da Azul adquirir a TAP, ele disse que não poderia comentar, já que o assunto seria tratado pelos acionistas.
Em janeiro, o ministro da Economia de Portugal, Antonio Pires de Lima, declarou à imprensa brasileira que haveria interesse da Azul na privatização. Segundo ele, a companhia havia apresentado uma manifestação de interesse ao governo português. A Gol, por sua vez, negou interesse. "A Gol não participa do grupo de companhias interessadas na TAP", disse o presidente da empresa, Paulo Sérgio Kakinoff. Ele salientou que o foco da Gol é seguir ampliando suas margens e que neste ano a companhia deve entregar as margens entre 4% e 6%, conforme a previsão já indicada anteriormente.
Kakinoff admitiu, porém, a possibilidade de a Gol ampliar a parceria com Delta e Air France, que hoje são acionistas da empresa, com uma participação minoritária. "Mas não há conversas atualmente", disse, um dia após os acionistas da aérea terem aprovado uma mudança na estrutura de capital, que amplia a possibilidade de a companhia lançar ações no mercado.
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